UM RAIO-X DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO BRASIL

8,4% da população brasileira acima dos dois anos apresenta algum tipo de deficiência, são 17 milhões de pessoas com algum tipo de impedimento físico, intelectual ou sensorial. Destes, 3,4% possuem deficiência visual, ou seja, 578 mil brasileiros cegos ou com baixa visão.

Entre os idosos, um a cada quatro (24,8%) relatou algum tipo de deficiência. A deficiência visual teve o maior percentual nessa faixa de idade: 9,2% dos idosos declararam ter muita dificuldade ou não conseguiam de modo algum enxergar. Os dados são do IBGE.

Quando considerado algum tipo de alteração na visão, o número passa dos 35 milhões de brasileiros. 

Pesquisas apontam que 50% da população mundial terá que usar óculos até 2050 possivelmente pelo uso excessivo da tecnologia.

Já entre as crianças e adolescentes de cinco a 18 anos, a progressão da miopia cresceu 40% durante a pandemia devido ao aumento da exposição às telas dos computadores e celulares. A pesquisa foi feita com oftalmologistas de todas as regiões de países da América do Sul.

Em todo mundo, 2,2 bilhões de pessoas sofrem com problemas de visão,  1 bilhão deles evitáveis ou passíveis de correção.

A população com cegueira e deficiência visual moderada ou severa vai dobrar até 2050 e pode chegar a 535 milhões de pessoas.
Pesquisa internacional com participação da USP de Ribeirão Preto

MAS O QUE É A DEFICIÊNCIA VISUAL?

É a redução ou perda da visão em ambos os olhos de forma definitiva e que não pode ser melhorada ou corrigida com tratamento clínico, cirúrgico ou ainda com lentes e óculos. Portanto, pessoas com problemas de visão como miopia, astigmatismo e hipermetropia não são deficientes visuais.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a deficiência visual pode ser dividida em categorias que incluem desde a perda visual leve até a ausência total de visão.

A deficiência visual engloba tanto a cegueira quanto a baixa visão, desde que em condição irreversível

• Baixa visão: é o termo utilizado para quem tem a visão comprometida e apenas distingue vultos, claridade ou objetos a pouca distância. A visão se apresenta embaçada, diminuída, restrita em seu campo visual ou prejudicada de algum modo, mas ainda assim, a pessoa é capaz de utilizar a visão para realizar tarefas no seu dia a dia. Pode ser leve, moderada ou profunda.

• Próximo à cegueira: nesta condição a pessoa ainda é capaz de distinguir luz e sombra, há aqueles que são capazes de contar dedos a curta distância, os que só percebem vultos  e os que conseguem identificar também a direção de onde provém a luz. Também estão nesse grupo as pessoas que só têm a percepção e projeção luminosos, fazendo apenas a distinção entre claro e escuro.

• Cegueira ou perda total da visão: é quando não existe qualquer percepção de luz. Pode ser adquirida ou congênita (desde o nascimento). O indivíduo que nasce com o sentido da visão, perdendo-o mais tarde, guarda memórias visuais, consegue se lembrar das imagens, luzes e cores que conheceu, e isso é muito útil para sua readaptação. Quem nasce sem a capacidade da visão, por outro lado, jamais pode formar uma memória visual.

O QUE CAUSA A DEFICIÊNCIA VISUAL?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as principais causas de cegueira no Brasil são decorrentes de doenças como catarata, glaucoma, retinopatia diabética, cegueira infantil e degeneração macular.

A cada cinco segundos um adulto perde a visão e a cada um minuto uma criança também é atingida pela cegueira.
Dados da OMS

Conheça a lista de algumas doenças que podem levar à cegueira total ou parcial:

• Doenças infecciosas: tracoma, sífilis, toxoplasmose, infecções fúngicas do olho, Aids, doença de Lyme, herpes, lepra e doença da arranhadura do gato.
• Doenças inflamatórias: distúrbios dos tecidos conjuntivos como artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, doença de Behçet, espondilite anquilosante, artrite reativa e outras; esclerose múltipla, miastenia grave e penfigóide cicatricial.
• Condições endócrinas ou metabólicas: diabetes mellitus, hipertensão, hipertireoidismo, hiperlipidemia, acromegalia e síndrome de Cushing.
• Condição congênita: albinismo, síndrome de Down, síndrome de Ehlers-Danlos (tipo 6), síndrome de Marfan, esclerose tuberosa, retinite pigmentosa, neurofibromatosis-2, neurofibromatose-1 e distrofia miotônica.
• Traumas oculares: pancadas e ação de ácidos.

Catarata é responsável por 48% dos casos de cegueira no Brasil. Por ano surgem cerca de 550 mil novos casos no país.
Sociedade Brasileira de Oftalmologia

O envelhecimento da população, os maus hábitos alimentares, a exposição excessiva a telas de smartphones, além da falta de acesso a atendimento oftalmológico, ajudam a agravar o cenário e aumentar a projeção de pessoas com deficiência visual em todo o mundo.

PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA CEGUEIRA

• Nascimento prematuro.
• Pessoas com graus altos de miopia.
• Trauma.
• Idade.
• Pessoas que trabalham com produtos químicos.
• Pessoas com diabetes.

NOVO IPC EM AÇÃO: OS PROJETOS QUE PROMOVEM A INCLUSÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Em mais de 80 anos de atuação, o Novo IPC realizou dezenas de ações e projetos para possibilitar o desenvolvimento integral e a inclusão social das pessoas com deficiência visual. Seja em parceria com o governo, empresas privadas ou outras entidades, o compromisso em oferecer bem-estar e qualidade de vida a essa parcela da população se renova a cada ano.

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SELO SESI ODS

O Sesi reconhece as práticas do Novo IPC em prol dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e seu papel como articulador do crescimento sustentável do Paraná.