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Manifesto de apoio à greve dos servidores públicos do Paraná

MANIFESTO DE APOIO À GREVE DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DO PARANÁ

Os professores (as) e funcionários (as) da Escola/Centro de Atendimento Educacional Especializado - CAEE, Professor Osny Macedo Saldanha, do Instituto Paranaense de Cegos (IPC), manifestam o seu total e mais irrestrito apoio à greve dos servidores públicos do Estado do Paraná por reajuste salarial, melhorias nas condições de trabalho e melhor qualidade nos serviços públicos.

Enquanto a grande maioria dos políticos estão preocupados em aprovarem Leis, que somente beneficiam os bancos e as grandes empresas, interessadas única e exclusivamente com o aumento dos seus lucros, os Servidores Públicos do Estado Paraná, estão há quatro anos sem receber nem mesmo a reposição da inflação.

Contudo, a luta dos Servidores não se resume ao sagrado direito de greve e de receberem o devido e necessário reajuste salarial. São esses Servidores que estão todos os dias nas Repartições Públicas, nas Escolas, nas Universidades, nas Unidades Básicas de Saúde, nos Hospitais, nas Delegacias, nos Batalhões, além de tantos outros departamentos e setores da administração, os que recebem e atendem a população, que cada vez mais necessita dos serviços públicos. Muitas vezes, esses atendimentos são feitos sem as mínimas condições de trabalho, sem os insumos, equipamentos e materiais necessários na realização dos serviços prestados.

No caso da educação, ainda hoje, estudantes com deficiência visual (cegos ou com baixa visão), matriculados nas escolas públicas do Estado, continuam sendo vítimas de preconceito e discriminação. Muitos, aliás, continuam nas salas de aulas, onde estudam sem os devidos e necessários recursos didáticos pedagógicos acessíveis.

Com visto, ainda estamos muito longe de constituir um "sistema educacional inclusivo", como preconiza a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei Brasileira da Inclusão - Lei 13.146, de 2015.

Visto que, não se constrói sistema educacional verdadeiramente inclusivo, para pessoas com deficiência, sem fazer investimentos públicos na educação. Não se constrói sistema educacional verdadeiramente inclusivo, sem investir na formação continuada dos professores (as), funcionários (as), na construção de edificações devidamente acessíveis e sem investimentos na aquisição de equipamentos que são necessários no processo educacional.

 A melhoria nas estatísticas da educação, como deseja o Governo Estado do Paraná, para atender as exigências dos organismos internacionais, não será alcançada apenas na base da arrogância, sem diálogo honesto e verdadeiro com os professores (as) e funcionários (as) das escolas públicas, das escolas especiais, dos Centros de Atendimentos Educacionais Especializados - CAEES.

Portanto, se o governador, o secretário da educação e as suas respectivas equipes, tivessem apenas um pouco da mesma disposição que demonstram nos contatos e diálogos com os empresários, talvez a greve nem tivesse acontecido. Quando políticos, governantes e agentes públicos, perdem a dimensão da realidade, quem sofre as consequências dos seus erros são as pessoas que mais precisam dos serviços públicos.

 

Curitiba, 11 de julho de 2019

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