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UTFPR fecha Prota e instituições de pessoas com deficiência visual se mobilizam

O Campus Curitiba da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) decidiu fechar o Prota (Programa de Tecnologia Assistiva), responsável, entre outros trabalhos, pela confecção e distribuição gratuita de bengalas a cegos e baixa visão e uma série de pesquisas e projetos de tecnologias assistivas. A medida causa preocupação entre as instituições que representam as pessoas com deficiência visual e, nesta quinta-feira (25), às 9h30, o assunto será tema de reunião do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência na sede da Assessoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Hoje, em nome das instituições, o IPC (Instituto Paranaense de Cegos) protocolou na universidade documento direcionado ao diretor-geral do campus Marcos Flávio Schiefler, lamentando o encerramento das atividades e pedindo um encontro para que soluções possam ser alcançadas.

“O Prota tem sido, em muitas situações, a única alternativa onde as pessoas com deficiência visual conseguem uma bengala de modo fácil e rápido. Mas, muito, além disso, o programa realiza pesquisas, desenvolve projetos fundamentais para a vida das pessoas com deficiência e para o campo das tecnologias assistivas, melhorando significativamente a vida de quem delas necessita”, afirma o diretor do IPC, Enio Rodrigues da Rosa.

Para se ter uma ideia, a confecção de bengalas é realizada na UTFPR desde 1982 e, há 13 anos, foi assumida pelo Prota, que recentemente incluiu o modelo da bengala verde para pessoas com baixa visão. Segundo Enio, o programa é também responsável por manter equipamentos usados todos os dias por pessoas com deficiência visual e com dificuldades motoras, tendo sido, inclusive, um dos atores no desenvolvimento de projetos como o semáforo para pedestres com deficiência visual, do software Emulador Teclado Mouse (ETM), destinado a pessoas com paralisia cerebral, da máquina de escrever e da impressora em Braille e de uma série de estudos técnicos e tecnológicos na área esportiva, contribuindo com para-atletas do rugby em cadeira de rodas, corredores e jogadores de tênis cadeirantes.

“Por isso, o IPC e as instituições que atendem pessoas com deficiência estão se mobilizando para apoiar não apenas a manutenção deste trabalho, mas seu fortalecimento, com mais recursos e outros aportes necessários ao Prota, que é um belo exemplo de como as universidades podem dar retorno social”, frisa Enio.

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