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Instituições de pessoas com deficiência visual entregam pauta de reivindicações à Secretaria de Estado da Educação

Instituições que atendem pessoas cegas e com baixa visão em todo o Paraná, profissionais da educação, estudantes e especialistas se mobilizaram e entregarão nesta terça-feira (11), em reunião na SEED (Secretaria de Estado da Educação), em Curitiba, uma pauta de reivindicações. O principal ponto é o pedido de alteração ou revogação da Instrução 07 da SEED, que impede que pessoas com deficiência visual sem matrícula na rede pública de ensino participem dos atendimentos ofertados em AEE (Atendimento Educação Especializado).

Se implantada, a medida excluirá do atendimento gratuito pessoas da comunidade que perderam sua visão por diferentes fatores e situações clínicas e que precisam de reabilitação, precisam aprender a se locomover, a se vestir, aprender braille, informática, enfim, uma série de situações que permitam, por direito, que ela tenha uma vida autônoma, com qualidade e segurança. “Estes são serviços especializados prestados por professores e outros profissionais também especializados desde o início de 1980, quando a própria SEED começou a levar para o interior o atendimento a todas as pessoas cegas ou com baixa visão que o buscassem, independente de matrícula escolar. Portanto, mudar isto é uma supressão, uma retirada de direitos”, explica o diretor do IPC (Instituto Paranaense de Cegos), Enio Rodrigues da Rosa.

O encontro de hoje é resultado de reunião ocorrida na Assembleia Legislativa do Paraná no dia 5 de dezembro, com a participação da comissão representativa das entidades de pessoas com deficiência visual, os deputados Professor Lemos (PT) e Tiago Amaral (PSB), a Comissão de Educação da Alep e a Seed.  Segundo Enio, a equipe de transição abriu na ocasião para a possibilidade de diálogo, não apenas da Instrução 07, mas de outras pautas que podem subsidiá-los no governo, uma vez que há mais de dez anos o Estado investe quase nada na área visual, deixando as instituições com problemas graves, como materiais obsoletos e demora na entrega até de livros em braille. “Há propostas que procuram melhorar a educação das pessoas com deficiência visual matriculadas, aspectos de trabalho que envolvem servidores cegos e com baixa visão, preconceito e discriminação de trabalhadores dentro das próprias escolas, falta de apoio e de tecnologia assistiva, enfim, uma série de situações que geraram mobilização de instituições de diferentes regiões do Estado”, aponta Enio.

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